sexta-feira, 3 de junho de 2011

Os Condicionamentos em nossa área de formação!


NO CONDICIONAMENTO CLÁSSICO


Seria a associação de um estímulo a outro, onde os publicitários e os designers elaboram uma identidade de uma marca buscando explicar os conceitos da mesma. Sendo assim, o consumidor faz uma associação (positiva ou negativa) da marca criada com relação a sua percepção para com a marca, resultando em uma forte influência na mudança de opinião, definindo gostos e objetivos desse consumidor relação a marca desenvolvida.



NO CONDICIONAMENTO OPERANTE


O Condicionamento Operante faz com que os publicitários e designers consigam a partir de sua criatividade mudar o comportamento do consumidor perante a um determinado objetivo, sendo assim todo resultado cria uma certa dependência das ações desses profissionais.

Condicionamento Clássico

Abordagem Comportamental

Um pouco mais sobre o Condicionamento Operante...


O Condicionamento operante foi designado pelo psicólogo Burrhus FredericSkinner. Estes quatro vídeos documentam as experiências que o investigador desenvolveu para argumentar a sua teoria.
O condicionamento operante é composto por um estímulo seguido por um comportamento que terá uma consequência.
  
    Estimulo ----> Comportamento ------> Consequência
Se essa consequência for agradável, a frequência do comportamento vai aumentar (reforço).
Se a consequência for desagradável a frequência do comportamento vai diminuir (punição).
Quando uma contingência se diz positiva significa que há uma apresentação de um estímulo que pode ser agradável ou desagradável;
Quando a contingência é negativa significa que há uma remoção de um evento ou estímulo (agradável ou desagradável);
 
Daí quatro tipos de contingências operantes:
 
  1. Reforço positivo:
    1. Apresentação de um estimulo agradável após um comportamento desejado;
    2. Aumento da frequência do comportamento;
    3. Exemplo:
                                   i.      Se o pombo tocar a campainha recebe alimento suplementar;
                                   ii.      Se o aluno tiver boas notas recebe um elogio;
  1. Reforço negativo:
    1. Remoção (negativo) de um evento desagradável após o comportamento desejado;
    2. Aumento da frequência do comportamento;
    3. Exemplo:
                                    i.      Se o rato puxar a alavanca deixa de levar choques eléctricos;
                                    ii.      Se o doente tomar os comprimidos deixa de sentir dores;
  1. Punição positiva:
    1. Apresentação de uma consequência desagradável após a realização de um comportamento não desejado;
    2. Diminuição da frequência do comportamento;
    3. Exemplo:
                                      i.      Se o rato sair do perímetro definido leva choque eléctrico;
                                      ii.      Se a criança faz birra fica leva uma repreensão;
  1. Punição negativa:  
    1. Remoção de um evento agradável após a realização de um comportamento não desejado;
    2. Diminuição da frequência do comportamento;
    3. Exemplo:
                                       i.      Se o pombo defecar fora do local apropriado é-lhe removida a alimentação;
                                       ii.      Se criança partir um jarro deixa de poder ver televisão durante uma semana;

A extinção e a punição tendem a diminuir a frequência dos comportamentos. Na extinção, o comportamento tende a diminuir de frequência em função da retirada de reforçadores contingentes a resposta (aqueles que são responsáveis pela sua manutenção).

A técnica mais eficaz e recomendada para alterar comportamentos consiste na extinção e não na punição, pois esta última traz muitas consequências adversas.

Fonte: psicologiaexperimental.blogspot.com

Condicionamento Operante

Condicionamento Operante e Clássico

Por muitos anos, os estudioso acreditaram que a aprendizagem ocorria unicamente através dos processos de condicionamento. Embora esses processos sejam fundamentais, pesquisas recentes afirmam que a aprendizagem pode ocorrer através das mais variadas formas.
O condicionamento é um processo de aprendizagem  e modificação de comportamento através de mecanismos estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central do indivíduo. Esse processo é vinculado ao Behaviorismo ou Comportamentalismo, que é o conjunto de ideias presente na Psicologia que vê o comportamento como único, devendo ser o objeto de estudo da Psicologia.
O primeiro tipo de condicionamento, denominado Condicionamento Clássico, foi desenvolvido pelo fisiologista russo Ivan Pavlov. Pavlov fez uma experiência envolvendo um cão, uma campainha e um pedaço de carne. O fisiologista percebeu que quando o cão via o pedaço de carne, ele salivava, o que foi chamado de reflexo não condicionado.
Pavlov também começou a tocar a campainha (estímulo neutro) quando ia mostrar o pedaço de carne.
Rapidamente o cão passou a associar a carne com a campainha, salivando também toda vez que ela era tocada. Essa reação a um estímulo neutro foi chamada de reflexo condicionado. O condicionamento clássico foi importante no sentido de explicar a associação de um estímulo a outro. Assim, esse tipo de condicionamento é importante para explicar a associação (positiva ou negativa) que um consumidor faz de uma marca, por exemplo. O condicionamento clássico também possibilita o entendimento de coisas comuns do nosso dia a dia, como o barulho de um despertador, que por si só não significa nada, mas nós relacionamos aquele barulho ao objetivo de acordar em um determinado momento.
O outro tipo de condicionamento é o operante ou instrumental. A grande questão do condicionamento operante não é a de fazer a correlação entre um estímulo e outro, como no caso do condicionamento clássico, mas sim de fazer a associação entre um estímulo e a consequência dele.
O condicionamento operante foi desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner, o qual estabelece que todo comportamento é influenciado por seus resultados, havendo um estímulo reforçador, podendo ser positivo, quando fortalece o tipo de comportamento (recompensa); ou negativo, quando tende a inibir certo comportamento (punição).
Algumas diferenças entre o condicionamento clássico e o operante:
- Enquanto o condicionamento clássico inclui uma resposta já estabelecida através de outro estímulo anterior, o operante não necessita de nenhuma resposta dada anteriormente.
- No condicionamento clássico, o resultado não depende das ações do sujeito; já no operante certamente irá depender.
- Enquanto o condicionamento clássico influi na mudança de opiniões, definindo gostos e objetivos, o condicionamento operante influi nas mudanças de comportamento perante um objetivo.

Fonte: www.brasilescola.com

Condicionamento Operante - Discriminação; Generalização

Além da discriminação entre classes de estímulos e generalização intra classes, outro processo comportamental sofisticado envolvido em processos de aprendizagem é a diferenciação de respostas. Esse processo já é conhecido pelos analistas do comportamento e já há tecnologia que permite torná-lo mais rápido e efetivo em programas de ensino por meio de processos de modelagem. A leitura de Keller & Schoenfeld (1950) e Millenson (1967) possibilita caracterizar tais processos. A partir disso, o exame de como esses se relacionam com a formação de cientistas profissionais e professores de nível superior torna-se mais claro e explicita a função da decomposição de classes de comportamentos e da análise de variáveis nessas atividades.
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Imagem do "Blogue do cientista"
De um estudante de doutorado é esperado que já apresente um repertório de comportamentos científicos que o permita produzir conhecimento com um bom grau de qualidade. Tais comportamentos devem ter sido aprendidos em contextos de ensino durante o ensino fundamental e médio e, principalmente, durante o curso de graduação e de mestrado. Professores são responsáveis por criar e manter contingências – cada um dentro de seus limites – para que aos poucos o estudante possa discriminar propriedades importantes nos fenômenos naturais e no conhecimento já produzido sobre eles. Essas discriminações associadas aos processos de modelagem, refinam as respostas do aprendiz. Por fim, nos contextos em que esses estudantes depois de formados produzem conhecimento fora dos ambientes protegidos da universidade, apresentam tais comportamentos e, ao discriminar as decorrências desses para o próprio processo de produzir conhecimento, para as organizações em que atua e também as implicações para si próprio, criar condições para aperfeiçoar tais comportamentos. Ou seja, parte importante do comportamento científico, ou de qualquer outro comportamento profissional, é aprender a avaliar o próprio comportamento e as variáveis que estão a ele relacionadas, de modo a permitir contínuo processo de aperfeiçoamento, discriminando estímulos cada vez mais sutis e apresentando respostas cada vez mais precisas. A função de um programa de pós-graduação parece ser justamente a de auxiliar os mestrandos e doutorandos a refinar seus comportamentos científicos por meio de um sistema que ofereça condições para isso.
Como professores e orientadores, responsáveis pela modelagem do comportamento de jovens cientistas, podem aperfeiçoar seus desempenhos de modo a diminuir o tempo e custo necessário para a formação de cientistas? O primeiro requisito para professores de Ciências parece ser a identificação dos comportamentos profissionais do cientista. Sem clareza sobre tais comportamentos parece ser inviável o ensino desses. Ensino “científico” que enfatiza técnicas, recursos, modismos, entre outros tipos de distorções do papel do cientista parecem ser justamente decorrências diretas dessa falta de clareza do que constitui o comportamento científico. Mesmo entre analistas do comportamento, profissionais que pela natureza dos fenômenos com os quais lidam deveriam ser os que tivessem maior clareza sobre os comportamentos profissionais envolvidos em seus trabalhos parecem ainda não ter repertório para identificar tais comportamentos por mais que valorizem a importância desse tipo de conduta. Keller e Schoenfeld (1950, p.193) ao examinar possíveis razões para que organismos mantenham-se realizando atividades com alto custo de resposta ou que não produzem resultados de valor social, destacam que “o meio mais difícil muito freqüentemente é o único meio reforçado existente”. Assim como pessoas que “catam milho” no teclado, mesmo cientes que há melhor método, mesmo analistas do comportamento dificilmente mudaram seus comportamentos se essa nova forma de se comportar não for mais reforçadora. Enquanto a comunidade científica continuar valorizando modismos e formações precárias, parece haver poucas possibilidades de realização de programas de formação de cientistas mais coerentes com o que já se sabe sobre comportamentos científicos.
Programar ensino de comportamentos científicos ou de qualquer outro tipo de comportamento requer ampla visibilidade sobre as classes de comportamentos importantes de serem ensinadas. Assim como os processos de discriminação de estímulos são amplamente facilitados quando já são conhecidas pelo programador de ensino as propriedades que compõem as classes de estímulos de interesse, para a modelagem ou diferenciação de respostas também é necessária ampla visibilidade sobre as variáveis que constituem as respostas de interesse. Nesse sentido, ensinar envolve a decomposição de comportamentos-objetivo e a análise de variáveis que constituem cada uma das classes de estímulos e classes de respostas constituintes dos comportamentos e a serem ensinados. Não há como se produzir uma diferenciação de respostas de modo preciso, se as propriedades da classe de comportamento não são conhecidas por aquele que planeja as contingências de ensino.
Além dos contextos de ensino, o entendimento de qualquer atuação de um indivíduo em qualquer contexto também requer a análise de propriedades de estímulos e respostas que constituem as classes de comportamento de interesse. Entre muitas possibilidades de exame das implicações disso, Keller & Schoenfeld (1950) explicitam que o ensino ou aperfeiçoamento de um comportamento não implica em engessamento de seu comportamento. As respostas de uma classe apresentadas por um organismo mantém um grau de variabilidade entre suas propriedades. Ainda assim, há tendência de que aquelas com menor custo de resposta e que diminuam probabilidade de ocorrência de conseqüências aversivas ocorram com maior freqüência o que pode aparentar certo grau de padronização do comportamento. Isso parece ter relação com o processo em que um profissional, ao melhorar sua capacidade de atuação sobre algo, realizando a atividade com mais perícia, geralmente leva menos tempo para realizá-la. Provavelmente essa pessoa já está sob controle das propriedades importantes dos estímulos e é capaz de responder apenas à elas, com respostas com melhor custo de resposta (respostas diferenciadas). Um iniciante provavelmente ainda não discrimina as propriedades importantes do processo, despendendo mais energia para responder à propriedades irrelevantes ou apresentando respostas de intensidades e duração maior do que seria necessário. A simplicidade da ação de um profissional experiente revela a complexidade do processo de discriminação e diferenciação de resposta que foi necessário para produzi-la. Em resumo, o simples é produto de um processo complexo de discriminação de estímulos e diferenciação de respostas.
O refinamento ou sofisticação de qualquer comportamento abrange a discriminação de estímulos e a diferenciação de respostas. Tanto para um quanto para o outro, a analisar as variáveis que compõe classes de estímulos e de respostas parece ser o meio mais efetivo para se produzir conhecimento sobre tais processos e permitir rápido ensino de comportamentos mais complexos que de tão complexos, por vezes, parecem simples. Em especial para profissionais que lidam com programação de ensino, aprender a decompor comportamentos e analisar variáveis constituintes e relacionadas à um fenômeno são requisitos para que os processos de ensino possam ser realizados apropriadamente. Uma análise de variáveis ruim pode decorrer em procedimentos de ensino inúteis ou até lesivos para o aprendiz. Ao avançar em cada etapa de um processo de programação de ensino, a importância ou função das etapas anteriores é destacada – as conseqüências de cada passo tornam-se evidentes.

Fonte: www.sasico.com.br

Condicionamento Operante - Discriminação; Generalização

Discriminação seria mencionar uma diferença de forma negativa, separar, segregar um indivíduo dos demais por alguma razão específica como raça, sexualidade, etc.

Generalização é o oposto, basicamente, é desconsiderar as diferenças e tratar todos de forma semelhante, não observando as individualidades de cada individuo.

Condicionamento Operante - Discriminação; Generalização

Segundo BAUM (1999, p.111) “frequentemente na vida nos empenhamos em seqüência de comportamentos, fazendo uma coisa a fim de poder fazer outra”. Essa cadeia de comportamentos é baseada e mantida pelo reforço último. O controle de estímulos é fazer que um estímulo controle o comportamento, fazer com que este mude diante da presença do estímulo.
De acordo com BOCK, FURTADO e TRASSI (2002, p.53) “quando a freqüência ou a forma da resposta é diferente sob estímulos diferentes, diz-se que o comportamento está sob o controle de estímulos”.
Segundo REESE (1975, p.28) “um comportamento fortalecido numa dada situação estimuladora provavelmente ocorrerá em outras situações”, assim uma resposta adquirida numa situação não precisará ser reaprendida em situações similares e a tendência do comportamento é a “generalização”. Assim, na “generalização de estímulos”, um estímulo controla uma resposta em razão do reforço em situações onde estão presentes estímulos diferentes, porém, similares. Segundo BOCK, FURTADO e TRASSI (2002, p.54) “na generalização, portanto, respondemos de forma semelhante a um conjunto de estímulos percebidos como semelhantes”.
Porém se houvesse uma generalização completa com um comportamento ocorrendo em qualquer situação haveria uma confusão total. Para evitar essa confusão é necessária a “discriminação”. Segundo REESE (1975, p.28) “a discriminação se estabelece pelo fato de um comportamento ser reforçado na presença de uma situação estimuladora e não ser na presença de outra situação estimuladora, processo esse chamado de ‘reforçamento diferencial’”. “Discriminação de estímulos”, conforme CABRAL e NICK (2003, p.80), é “processo de decompor ou controlar generalizações. [...] Assim um organismo é capaz de discriminar entre dois estímulos diferentes quando responde diferentemente a cada um deles”.

Fonte: www.euniverso.com.br

Condicionamento Operante - Punição Positiva e Negativa; Controle Aversivo; Extinção


A punição é uma operação que faz parte do reforçamento, isso porque também se trata de uma conseqüência que altera a probabilidade de uma resposta.
Porém a forma como a punição produz tal alteração é uma questão controversa. Há duas correntes teóricas que definem a punição de formas diferentes. Uma delas defende que a punição é um processo que diminui a probabilidade da emissão das respostas. Isso quer dizer que se alguém se comporta de determinada maneira, ou seja, se costuma fazer algo como andar de bicicleta ou pintar quadros, e tem esse comportamento punido, a probabilidade dessa pessoa voltar a fazer estas mesmas coisas será menor.
punição
Uma outra corrente teórica diz que a punição na verdade elicia reações emocionais e aumenta a probabilidade de respostas de fuga e esquiva – e por causa destes processos que a resposta sob análise se torna menos provável de ocorrer. Isso quer dizer que se eu puno o comportamento “andar de bicicleta” de alguém, essa pessoa passa a andar menos para não sentir ansiedade, medo ou para evitar que eu a puna novamente.
Apesar da semelhança entre as duas correntes, a diferença entre elas subsidia discussões sobre questões éticas para o uso da punição como método de modificação do comportamento. Porém, esclarecidas estas duas possibilidades de entender os processos punitivos, vamos às definições de punição positiva e negativa
A punição positiva
A compreensão deste processo requer um retorno ao conceito de reforço negativo. Lembre-se que um reforçador negativo é um estímulo que uma pessoa se comporta para remover. Lembre-se também que este estímulo também pode ser chamado de estímulo aversivo.
Pense agora em uma situação em que alguém faz alguma coisa e, como conseqüência, aquele mesmo estímulo aversivo é produzido pela resposta daquela pessoa. Por isso este processo é chamado de punição positiva, porque se trata da produção/adição de um estímulo aversivo.
Vamos supor que aquela mesma pessoa que fecha a janela pra evitar a chuva agora descobre uma chave em uma parede de sua casa. A pessoa gira a chave e um cano começa a jorrar água fria sobre a cabeça dela. Este é um processo de punição positiva: a resposta produz um estímulo aversivo. Um critério para averiguar se de fato se tratou de uma punição é a observação da diminuição da taxa da resposta. Se a pessoa não abrir mais aquela chave, de fato o jato de água fria puniu.
A punição negativa
Este processo recai sobre o conceito de reforço positivo. Lembre-se que um estímulo reforçador é aquele que, quando produzido, aumenta a probabilidade da resposta que o produziu. Então, se passarmos agora a retirar um estímulo reforçador que está presente no ambiente da pessoa quando ela emite uma determinada resposta, dizemos que houve punição negativa – e este processo deve implicar na diminuição da probabilidade de emissão da resposta. É daí que surge o nome de punição negativa, pois trata-se da retirada/subtração de um estímulo reforçador produzida pela resposta.
Por exemplo, imagine um terapeuta que está sempre atento e pronto a discutir os temas relevantes na vida de seu cliente e isto tem feito o cliente trazer, a cada sessão, mais e mais temas para discutir com seu terapeuta. Porém agora o cliente passa a abordar temas que tratam da vida pessoal do terapeuta e, nestes momentos, o terapeuta se cala e não dá oportunidades para que o cliente prossiga na discussão. A partir daí, o cliente provavelmente não perguntará mais sobre este assunto. O terapeuta estaria, provavelmente, punindo negativamente a resposta de seu cliente. Este é um exemplo que dificilmente acontecerá na prática, mas serve apenas para ilustrar o conceito.
O controle aversivo
É importante considerar brevemente que o reforço negativo e a punição são estudados sob o tema de controle aversivo, pois todos tratam-se de variáveis de controle do comportamento por outras vias que não o reforçamento positivo. São processos amplamente discutidos devido aos efeitos que este tipo de controle pode gerar no comportamento, como supressão condicionada (parar de responder), os subprodutos emocionais (como o medo e a ansiedade) e o aumento de respostas de agressão quando uma pessoa está sob controle aversivo.
A extinção
Outra consideração importante se faz necessária para quando conseqüências que vinham sendo produzidas pelas respostas não mais as são. Se determinados estímulos reforçadores ou aversivos não são mais apresentados ou retirados, a tendência do responder é retornar à probabilidade de ocorrência anterior do processo de reforçamento.
Assim, se riscar o papel não o pinta mais, a criança desiste de desenhar; se fechar a janela não impede mais a chuva, a pessoa a larga como está; se abrir a chave não mais produz um banho frio, a pessoa volta a abri-la quando quiser; e se o terapeuta volta a atentar aos tópicos abordados pelo cliente, este volta a perguntar o que havia deixado de lado.
Ou seja, a extinção é o efeito da suspensão do reforçamento sobre o responder –- significa o retorno da probabilidade do responder a taxas anteriores.
Fonte: www.psicologiaeciencia.com.br

Condicionamento Operante - Modelagem


“… Quer exista ou não algo como imitação nao aprendida ou inata, uma coisa é certa: A imitação pode ser ensinada. Usando-se os procedimentos de condicionamento – tornando o reforço contingente à repetição do ato do outro – um organismo pode ser levado a imitar” ( Keller e Schoenfeld, 1950/1973, pag 378).
Imitação é um processo de aprendizagem pelo qual os individuos aprendem comportamentos novos ou modificam antigos por meio da observação de um modelo. Isso ocorre porque existe a probabilidade das pessoas serem reforçadas pelas mesmas consequências que reforçam o comportamento do modelo ( Keller e schoenfeld 1950/1973 : Bandura, 1969/1979; Malott, 1971/1981; Striefel, 1975; Mikulas 1977; Skinner 1989/1991; Baum 1994/1999; Catania 1998/1999).
Tanto a Imitação quanto a modelagem permitem ao individuo adquirir novos comportamentos. Mas por lógica a imitação é um comportamento aprendido através da observação de um modelo enquanto que na modelagem o comportamento é aprendido através de aproximação sucessiva se reforçando diferencialmente cada resposta que pertence a mesma classe para que se chegue no comportamento final desejado.
A historia mostra que os procedimentos de modelação e modelagem nos fizeram continuar nesse planeta. Afinal, toda vez que vemos como nossos pais fazem uma determinada tarefa e são bem sucedidos, tendemos a tentar imitar esse mesmo comportamento para que sejamos reforçados como os modelos são. Filogenéticamente isso foi muito importante. Observando os mais velhos caçando conseguimos sobreviver por muitos seculos e as técnicas de sobrevivencia são passadas de geração em geração. A natureza utiliza muito o processo de imitação, só observarmos um animal selvagem. Logo após seu nascimento em pouco tempo já esta observando os pais nas caçadas e aprende por observação como deve se fazer e repete.
Mas se os processos de Imitação e modelagem são tão importantes para a sobrevivencia humana, então porque o video Children see, Children Do nos chama tanto a atenção ?
A imitação do modelo pode ser perigosa tambem, pois o mesmo nem sempre é adequada dentro de certos limites culturais e sociais. Mesmo lembrando da pluralidade da espécie humana, os modelos são escolhidos dentro da cultura vigente do local onde está inserida e mais do que isso, qual é o papel reforçador de se imitar um modelo ?

Sabemos que uma criança imita seus pais e se sentem poderosas com isso, porêm será que os pais entendem que são modelos aos seus filhos ? Será que os pais entendem que certos comportamentos são passados de forma quase que inevitavel ?
Claro que existe uma grande diferença em ser um modelo para uma criança que ainda está desenvolvendo seu repertório comportamental e ser um modelo para um homem adulto.
O video é um alerta que não se pode ignorar, precisamos rever urgentemente os nossos conceitos e começarmos a pensar no que estamos fazendo com nossas crianças.

A luz do Beraviorismo Radical, o que podemos fazer ?? Não apenas nos mantendo nos consultorios, mas partindo pra politicas publicas, sociais, trabalhos socio-educativos etc…
Quando estava pensando nisso ouvi muitas pessoas, algumas da área da Psicologia e outras não e elas diziam que não devemos pensar, devemos fazer, colocar a mão na massa. De pensadores o mundo está cheio.

Mas ai comecei a pensar em outra questao. Ir e fazer é uma resposta óbvia, mas pergunto, fazer o quê ? Com que estratégia ? Quais parametros utilizar ? O que ja se tem de estudos nessa área ?Ir e fazer como ? Ir a viadutos e dar bebida e comida para moradores de rua ? É uma coisa boa ?
Bom, ja temos estudos que afirmam que ao fazer isso apenas reforçamos a vontade dessas pessoas em continuar na rua, portanto não resolvemos o problema apenas reforçando uma comportamento que gostariamos de extinguir. Pode se demorar a voltar com a comida, mas sempre se volta. E sabemos que o Reforço Intermitente é especialmente muito dificil de ser extinto.
O quê nao tira a bondade do ato, mas tal qual uma criança que nunca é frustrada, no futuro teremos problemas, pois ela esta sendo reforçada em algo que nao vai lhe ajudar .A questao nao é o quê fazer, mas como fazer.Nesse sentido devemos pensar de forma mais ampla, entendendo os mecanismos sociais que regulam a nossa sociedade e como podemos entender os reforçadores e punidores que à mantem da forma que está e como podemos extinguir os repertorios nao adaptativos.
Eu imagino que nem podemos falar em extinção ja que por definição ao se utilizar dela a frequência de comportamentos que se quer extinguir aumenta enormemente podendo levar ao situações até de perigo pois estamos falando da area social. O que estamos fazendo especificamente para mudarmos o mundo ???
O quê estou tentando dizer é : O quê devemos fazer, como devemos fazer e quais politicas adotar para que a sociedade mude seus valores e fique sobre controle de outros estimulos que visam o potencial humano e a saude.
Entendi quando é dito que que é preciso atitude. Mas por expêriencia vejo que atitude por si só pode ser perigosa, pois podemos estar sob controle de outras variaveis que não seriam eficientes para a resolução do problema, mas com topografias diferentes que mantenham o problema, mesmo que na forma pareça que estamos tentando resolve-lo.
A pergunta final, que na verdade já foi repetido inumeras vezes dentro desse texto é : O que estamos fazendo com as nossas crianças ?

Fonte: www.psicologiaeciencia.com.br

Condicionamento Operante

REFORÇAMENTO POSITVO E NEGATIVO

Dentro de uma abordagem Analítico-comportamental , o reforçamento positivo está presente em muitas técnicas e sem duvida é um principio importante para a mudança comportamental.
Entender o conceito e a aplicação é fundamental para o analista do comportamento articular as sessões para que classes de respostas alvo sejam constantemente reforçadas afim de se mudar um comportamento problema, caso seja esse o objetivo.
O terapeuta deve no inicio ser um agente reforçador por si só, já que o cliente procura um terapeuta e o tem como alguém que detém um conhecimento que pode ajudá-lo  e qualquer ato ou palavra que alivie o sofrimento já tem um papel reforçador para respostas de compromisso e maior aderência ao processo psicoterápico. Ainda podemos falar que esses processos aprofundam e melhoram a relação terapêutica que se está sendo estabelecida entre terapeuta e cliente.
Ao lidar com o reforço positivo são necessários cuidados, é preciso estabelecer um criterioso levantamento de dados e fazer uma boa análise funcional para definir a princípio qual é o melhor esquema de reforçamento para o caso do cliente dentro dos objetivos da terapia.
Alguns clientes funcionam sobre um esquema de contingência de reforço positivo muito infrequente. Isso significa que esse cliente tem uma tolerância a frustração muito grande. Sendo assim, acabam não sendo sensiveis a novas contingências reforçadoras e não operam no ambiente, pois já se acostumaram a suportar frustração e condições aversivas. Nesse caso mantem seu comportamento inalterado, mesmo que seu padrão de respostas produzam conseqüências aversivas.
Clientes que são expostos a contingências de total privação ou de privação moderada de fontes reforçadoras experimentam um intenso sentimento de culpa assim que os reforçadores são apresentados,  isso acontece por possuírem repertórios modelados de uma extrema tolerância a frustração (Guilhardi, 2002, p. 136).
Contingências de reforçamento positivo escassas podem gerar sujeitos que não possuem repertórios comportamentais capazes de produzir reforçadores em ambiente natural intrinsecamente, precisando sempre de esquemas de reforço extrínseco sugerindo baixa auto-estima e dificuldades em relacionar-se em um ambiente social. Com isso pode-se dizer que o individuo sofre um impacto negativo em sua variabilidade comportamental e portanto vai ter dificuldades em buscar novas formas de reforçamento.
Segundo Horcones (1983), as palavras “extrinseco e intrinseco” referem-se apenas a origem das conseqüências. Se o cliente ao responder a estímulos discriminativos, obtém uma conseqüência reforçadora dizemos que o reforçamento é intrínseco e com isso se configura em uma resposta naturalmente reforçada.
Quando o responder do cliente é reforçado pelo ambiente através do terapeuta, dizemos que o reforço é extrínseco e arbitrário, já que foi possibilitado por outra fonte que não seja o próprio responder do sujeito. Em outras palavras, quando falamos de reforçamento positivo intrínseco, nos referimos ao uma relação entre resposta e conseqüência, em que a conseqüência é produto direto da resposta, ou seja, a conseqüência reforçadora é produto direto da resposta do próprio sujeito. Quando falamos de reforçamento positivo extrínseco, vamos nos referir a uma relação entre conseqüência e resposta, em que a conseqüência depende da própria resposta do individuo somado a outros eventos.
O reforçamento intermitente é mais eficaz que o CRF por facilitar a variabilidade comportamental, já que torna a sessão mais proxima ao ambiente natural onde é preciso operar no ambiente e algumas respostas vão ser reforçadas e outras não. O reforçamento de esquema intermitente mostra melhores resultados por que aumenta a tolerância a frustração e obriga o indivíduo a continuar operando para receber o reforço que outrora era sempre apresentado.  Isso é especialmente verdade quando falamos de comportamento social, onde algumas respostas são reforçadas e outras entram em extinção.
O reforçamento positivo é um processo que consiste em apresentar um estímulo conseqüente que aumente a probabilidade da emissão de respostas. Dentro do contexto clinico, é importante determinar respostas que devem ou não ser conseqüenciadas positivamente.  Mas também é sabido que, como no caso da psicoterapia o reforço é obtido dentro do contexto clínico, pode ser que o mesmo reforço não seja produzido em ambiente natural. É necessário que o terapeuta também ajude o cliente a instrumentarlizar-se para obter esses reforços em seu ambiente fora do contexto clínico, podendo generalizar fontes reforçadoras obtidas através de um novo repertório comportamental que foi ou está sendo modelado em terapia.
A terapia seria falha se o cliente só conseguisse operar em um ambiente clínico e só fosse reforçado nesse ambiente, não levando novos repertórios para seu ambiente natural. O reforço extrínseco deve ser capaz de instalar novos repertórios comportamentais para que o reforço seja intrínseco ao comportamento do cliente. Nesse caso, acontecerá a generalização e conseqüentemente repertórios inadequados, não assertivos e agressivos vão ser extintos.
Em alguns casos o terapeuta sozinho não consegue modelar novos repertórios comportamentais apenas em um ambiente clínico. Para esses casos, o trabalho conjunto com o A.T. (Acompanhante Terapêutico) mostra resultados interessantes. O terapeuta como fonte reforçadora em ambiente clínico modelando novos repertórios comportamentais e o A.T. como fonte reforçadora externa ao contexto clínico, e em alguns casos mais graves, dando modelos de novos repertórios para que o cliente possa ver uma classe de respostas mais ampla e com isso passe a imitar o Acompanhante Terapeutico.
Se espera com esse trabalho em conjunto que a generalização de reforçadores seja facilitada contribuindo para a instalação permanente de novas classes de respostas mais adaptadas e novos repertórios comportamentais. Em um próximo texto discutirei um pouco mais o trabalho do Acompanhante Terapeuta ( A.T.).
Por reforçamento pode-se entender qualquer operação que altere a chance de uma resposta ocorrer no futuro. Assim, operações como reforçamento positivo, reforçamento negativo, extinção, punição positiva e punição negativa podem ser englobadas em um único e amplo conceito chamado reforçamento.
Primeiramente vamos nos ater às operações conhecidas como reforçamento (ou reforço) positivo e reforçamento (ou reforço) negativo. Um breve parêntese pode ser importante: quando usamos a palavra reforço, podemos estar nos referindo a três coisas diferentes: 1. Um reforçador, quer dizer, um estímulo que quando produzido por uma resposta aumenta a probabilidade desta; 2. Um reforçamento, ou seja, uma operação em que reforçadores são apresentados; e 3. Um reforçamento enquanto procedimento, ou seja, uma situação em que alguém deliberadamente provê conseqüências especialmente para instalar, manter ou manejar o responder de um organismo.
Agora podemos passar a uma apresentação melhor das operações de reforço.
O reforço positivo
Reforço positivo é uma operação em que um evento produzido por uma resposta aumenta a probabilidade desta resposta ocorrer no futuro.
Vejamos uma situação natural em que esta operação pode ocorrer. Se uma criança, brincando com materiais gráficos, produz no papel um risco colorido com um lápis de cor e, depois disto, passa a riscar papéis quando os encontra pela frente, podemos dizer que o risco (ou o papel riscado) reforçou positivamente a resposta de riscar.
O mesmo pode acontecer em uma situação planejada, como quando um terapeuta discute com o cliente como ele pode resolver os problemas que ele acabou de contar na sessão – o terapeuta reforçou respostas do cliente relacionadas a discutir as dificuldades de sua vida, o que é de muito interesse de um terapeuta.
terapeuta
De maneira mais geral, uma representação gráfica da relação entre a resposta e o reforçador positivo pode ser formulada da seguinte maneira:
reforçopositivo
Esta representação provavelmente será lida por um analista do comportamento da seguinte forma: dada a emissão de uma resposta, um estímulo é produzido e este estímulo retroage sobre a probabilidade futura de ocorrência desta resposta. Isso quer dizer que, se a pessoa faz algo que produz um reforço, então é bem capaz que ela volte a fazer isso.
Uma observação final é a de que muitos autores já definiram o reforço como um estímulo agradável, apetitivo, prazeroso, etc. Hoje este tipo de definição não é aceita, sendo que a única característica do estimulo que o caracteriza como reforçador é o aumento da probabilidade de ocorrência da resposta que o produziu.
O reforço negativo
Se por um lado o reforço positivo é marcado pela produção de um evento, o reforço negativo é marcado pela eliminação de um evento. Daí os nomes positivo (produção, adição) e negativo (eliminação, subtração). Desta forma, reforçamento negativo é uma operação em que uma resposta tem sua probabilidade de ocorrência aumentada pela eliminação de um estímulo.
Por exemplo, se uma pessoa está do lado de uma janela e começa a chover no seu rosto, ela pode fechar a janela e impedir que a chuva continue a molhando. Se das próximas vezes que chover ela fechar a janela, a porta, etc., podemos dizer que estas respostas foram negativamente reforçadas pela remoção da chuva.
Os analistas do comportamento chamam de estímulo aversivo o evento que é eliminado no reforçamento negativo. Existem muitos estímulos aversivos conhecidos, como o choque elétrico, os jatos de ar quente, as estimulações dolorosas diversas, etc. Mas definiremos um estímulo aversivo baseados principalmente na probabilidade de uma pessoa, ou um animal, se comportar para eliminar este estímulo.
As respostas negativamente reforçadas são chamadas de fuga na literatura analítico-comportamental. Um esquema gráfico de uma resposta de fuga pode ser este apresentado a seguir:
reforçonegativo
Você pode ler este esquema da seguinte forma: dado um estímulo aversivo, uma resposta que o elimine será negativamente reforçada. Isso quer dizer que se uma pessoa fizer algo que termine uma estimulação aversiva, é muito provável que ela volte a fazer isso quando a estimulação aversiva voltar a acontecer.
Um outro tipo de resposta negativamente reforçada é chamado de esquiva. Na esquiva, o estimulo aversivo não precisa ser apresentado – exige-se apenas a presença de um outro evento que indique que o aversivo pode aparecer. Por exemplo, aquela pessoa que aprendeu a fechar a janela pra se livrar da chuva pode começar a fechar a casa toda quando o céu ficar cheio de nuvens carregadas.
Em resumo, pode-se dizer que reforço positivo e negativo são processos em que as conseqüências do responder aumentam a probabilidade futura da emissão de uma dada resposta.

  1. Fonte: www.psicologiaeciencia.com.br